sexta-feira, 24 de setembro de 2010

8º ENCONTRO DA FAMÍLIA MOLON

FAMÍLIA MOLON




Nos dias 09 e 10 de outubro, no Travessão Carvalho, Otávio Rocha, em Flores da Cunha, os decendentes da Família Molon, fazem o seu 8º Encontro. Com a presença, nos últimos encontros de 1.000 participantes, estima-se que os imigrantes deixaram uma descendência com mais de dez mil nomes, somando também o lado materno. Filot, lançamento de livro "Santa Eurósia", missa festiva, procissão motorizada e almoço de confraternização são os destaques do encontro.



Instalados entre vales e montes do Nordeste do Rio Grande do Sul, no Sul do Brasil, longe de rios navegáveis, estradas e acessos aos meios de comunicação, os imigrantes Molon, em 1882, cortaram suas relações com os parentes deixados nos arredores do Castello de Arzignano, em Vicenza, na Itália. Juntamente a um grupo expressivo de amigos e conterrâneos que haviam saído do mesmo local, praticamente nas mesmas condições, trataram de fazer neste chão sua nova Pátria e a nova vida tão sonhada e propagada.



Causa disto, por quase cem anos, num silêncio quase absoluto, as relações entre familiares residentes no Brasil e na Itália, foram cessadas. Foi a partir de inscrições numa lápide no cemitério de Otávio Rocha, que dizia: "Qui reposa en te la pasce de Dio, Pietro Molon, oriundo de Castello de Arzignano – Vicenza", que as relações foram reatadas. A partir daquele momento, encaminharam-se correspondências à Itália, e logo, alguns descendentes tiveram a oportunidade de visitar o local e manter as primeiras conversações com os Molon de Arzignano. Porém, foi a realização dos encontros de Família, que desvendaram a numerosa relação de parentesco, e os contatos com a Paróquia e a administração pública de Arzignano, que deram conhecimento da grande família de arzignanheses espalhada no Brasil.



Todos vieram para o Brasil com o sonho do progresso. Aqui plantaram videiras, construíram vinícolas, abriram restaurantes, fundaram fábricas, oficinas mecânicas, postos de abastecimento, transportadoras... Dedicaram-se a agricultura, ao comércio, a profissões liberais, as atividades religiosas. Com o seu trabalho e visão, ajudaram a construir vilas e cidades e consolidaram os seus sonhos no prometido paesi di cucagna, que junto com outros fizeram existir.



Os imigrantes Antonio Molon e Regina Ghiotto, Pietro Molon e Francesca Ziggiotti, Alessando Molon e Tereza Genaro e Angelo Molon e Cecília Ziliotti se estabeleceram em Otávio Rocha, 10ª Légua da Colônia Caxias, enquanto que Giovanni Batista Molon e Maria Magnabosco e Girolano Molon e Catarina Laghetto foram colonizadores de Nova Vicenza, atual Farroupilha.



Uma foto trazida pela Família Molon, e preservada por quatro gerações, ensejou a elaboração do livro "Santa Eurósia, foto misteriosa revela devoção dos imigrantes" que será lançado no evento. Uma foto que permaneceu incógnita por mais de 100 anos, desvenda a devoção dos imigrantes à Santa Eurósia, mártir espanhola, que tem invocação para proteção contra intempéries e para pedir proteção as plantações.



Informações e reservas de ingressos: 54.3279.1040 e fmolon@cpovo.net. A família tem um site www.familiamolon.com.br e um blog: encontrosfamiliamolon.blogspot.com